quarta-feira, 1 de julho de 2009

Conclusão

Os capítulos apresentados neste mês de Julho são uma continuação do período colonial, Onde tratamos da independência do Brasil, os reinados, a regência, dentre outros temas.
Alguns vídeos bastante interessantes para ilustrar alguns temas falados são:

- http://www.youtube.com/watch?v=VuGI5KfhvQA&feature=related
- http://www.youtube.com/watch?v=7FFZa1TIrPQ
- http://www.youtube.com/watch?v=-L-NLtCgCWo
- http://www.youtube.com/watch?v=TJWS2OcurAk

Peço desculpas a todos que acessarem o blog por não termos colocado estes vídeos já disponíveis para assistir, mas por alguns problemas técnicos nós do grupo não conseguimos anexá-los aos posts.

Dentre todos estes posts desde o mês de Abril, o tema abordado é o período colonial, que é um tema de grande importância para cada brasileiro para poder enternder um pouco mais sobre o país em que nós vivemos e é um tema também muito importante para os vestibulando, pois é um tema em que as faculdades gostam de cobrar por se tratar de certa forma de uma identidade nacional.

Espero que gostem da leitura dos capítulo e que eles sirvam de ajuda para um endendimento de nossa história.

O segundo reinado



O segundo reinado foi um período de quase meio século sem nenhuma grande rebelião contra o governo central.

Dom Pedro II administrava a país a favor dos interesses dos grandes proprietários e usava sua força (guarda nacional, exercito, juízes, etc.) para manter os outros grupos sociais bem quietinhos. Assassinados, presos ou apavorados, os liberais quase sumiram do cenário político nacional. O povo humilde recuou.

No ano de 1847, o parlamento brasileiro alterou a constituição e estabeleceu a monarquia parlamentar, “o imperador reina, governa e administra.”

Era o imperador que nomeava o primeiro-ministro e quem tinha o poder conseguia manipular as eleições a seu favor. Assim, quando o imperador nomeava o chefe de governo, já estava decidido o partido vencedor das eleições. D. Pedro II comandava a alternância dos Partidos Liberal e Conservador, agradando os dois lados. Criava-se a imagem de que D. Pedro II era o “conciliador nacional”, “o imperador de todos os brasileiros”, “sábio e bondoso”. O parlamentarismo era então a chave da estabilidade.

Nordeste se revolta: O café dominava cada vez mais a economia nacional, ou seja, no sudeste estava a grana e o poder. A economia do nordeste estava de mal a pior. Os fazendeiros nordestinos buscavam ganhar dinheiro vendendo escravos para o sudeste. Precisavam garantir a submissão dos caboclos. Então, para impedir que homens livres ficassem trabalhando para si mesmo, e não para os fazendeiros, tomaram suas terras. Os latifundiários se revoltaram dando origem a revolta e ronco da abelha nos sertões de Pernambuco, Paraíba, Alagoas e Ceará, em 1851.

Os impostos caíram sobre os pobres e para completar o governo anunciou que as antigas medidas Carroba, fanda e alqueire) não podiam ser mais usadas e seriam substituídas por metro e quilograma. O povo se recusou a aceitá-las originando a Revolta do Quebra-quilos.

Se controlava o povo pelo recrutamento militar. Indivíduos insatisfeitos e rebeldes eram convocados e podiam ficar anos servindo no exército e na marinha. Muitas mulheres revoltadas com a ausência forçada do filho, do marido, ou do irmão se juntaram na Guerra das mulheres.

Não era só Café: A exportação de açúcar sofria a concorrência de Cuba e de Porto Rico. A Borracha, extraída da Amazónia começou a se destacar na pauta de exportações, trazendo poderes ao Norte.

Guerra do paraguai:

No século XIX, as nações americanas emancipadas após a crise do sistema colonial se lançaram ao desafio de estabelecerem a soberania política e econômica de seus territórios. Essa seria uma tarefa bastante difícil, pois passados séculos de dominação colonial, esses novos países teriam que enfrentar os desafios estabelecidos pelo capitalismo industrial e financeiro do período.
Esses países ainda estavam presos a instituições corruptas e a antiga economia agroexportadora. Contrariando essa tendência geral, durante o século XIX, o Paraguai implementou um conjunto de medidas que buscavam modernizar o país.

Nos governos de José Francia (1811-1840) e Carlos López (1840-1862) o analfabetismo foi erradicado do país e várias fábricas foram instaladas com o subsídio estatal. Além disso, melhorou o abastecimento alimentício com uma reforma agrária que reestruturou a produção agrícola paraguaia ao dar insumos e materiais para que os camponeses produzissem. Esse conjunto de medidas melhorou a condição de vida da população e fez surgir uma indústria autônoma e competitiva.

No ano de 1862, Solano López chegou ao poder com o objetivo de dar continuidade às conquistas dos governos anteriores. Nessa época, um dos grandes problemas da economia paraguaia se encontrava na ausência de saídas marítimas que escoassem a sua produção industrial. Os produtos paraguaios tinham que atravessar a região da Bacia do Prata, que abrangia possessões territoriais do Brasil, Uruguai e Argentina.

Segundo alguns historiadores, essa travessia pela Bacia do Prata era responsável, vez ou outra, pela deflagração de inconvenientes diplomáticos entre os países envolvidos. Visando melhorar o desempenho de sua economia, Solano pretendia organizar um projeto de expansão territorial que lhe oferecesse uma saída para o mar. Dessa maneira, o governo paraguaio se voltou à produção de armamentos e a ampliação dos exércitos que seriam posteriormente usados em uma batalha expansionista.

No entanto, outra corrente historiográfica atribuiu o início da guerra aos interesses econômicos que a Inglaterra tinha na região. De acordo com essa perspectiva, o governo britânico pressionou o Brasil e a Argentina a declararem guerra ao Paraguai alegando que teriam vantagens econômicas e empréstimos ingleses caso impedissem a ascensão da economia paraguaia. Com isso, a Inglaterra procurava impedir o aparecimento de um concorrente comercial autônomo que servisse de modelo às demais nações latino-americanas.

Sob esse clima de tensões, a Argentina tentava dar apoio a consolidação de um novo governo no Uruguai favorável ao ressurgimento do antigo Vice Reinado da Prata, que englobava as regiões da Argentina, do Paraguai e Uruguai. Em contrapartida, o Brasil era contra essa tendência, defendendo a livre navegação do Rio da Prata. Temendo esse outro projeto expansionista, posteriormente defendido por Solano López, o governo de Dom Pedro II decidiu interceder na política uruguaia.

Após invadir o Uruguai, retaliando os políticos uruguaios expansionistas, o governo brasileiro passou a ser hostilizado por Solano, que aprisionou o navio brasileiro Marquês de Olinda. Com esse episódio, o Brasil decidiu declarar guerra ao Paraguai. A Inglaterra, favorável ao conflito, concedeu empréstimos e defendeu a entrada da Argentina e do Uruguai na guerra.

Em1865, Uruguai, Brasil e Argentina formaram a Tríplice Aliança com o objetivo de aniquilar as tropas paraguaias. Inicialmente, os exércitos paraguaios obtiveram algumas vitórias que foram anuladas pela superioridade do contingente militar e o patrocínio inglês da Tríplice Aliança.

Mesmo assim, as boas condições estruturais e o alto grau de organização dos exércitos paraguaios fizeram com que a guerra se arrastasse por cinco anos. Somente na série de batalhas acontecidas entre 1868 e 1869, que os exércitos da Tríplice Aliança garantiram a rendição paraguaia.

O saldo final da guerra foi desastroso. O Paraguai teve cerca de 80% de sua população de jóvens adultos morta. O país sofreu uma enorme recessão econômica que empobreceu o Paraguai durante muito tempo. Com o final da guerra, o Brasil conservou suas posses na região do Prata.

Em contrapartida, o governo imperial contraiu um elevado montante de dívidas com a Inglaterra e fez do Exército uma instituição interessada em interferir nas questões políticas nacionais. A maior beneficiada com o conflito foi a Inglaterra, que barrou o aparecimento de uma concorrente comercial e lucrou com os juros dos empréstimos contraídos.


Fonte: Nova história crítica do Brasil: 500 anos de história malcontada / Mario Furley Schimidt. - São Paulo: Nova Geração, 1997


Período Regencial


O contexto Regencial foi um período marcado pela forte instabilidade política. Depois de quase uma década de autoritarismo imperial, os primeiros tempos de governo regencial representavam, para a aristocracia rural, uma liberdade política inédita no Estado brasileiro. Entretanto, a ausência da figura do imperador e o fortalecimento do Federalismo favoreceram o surgimento de movimentos separatistas regionais.

Quando Pedro I voltou para Portugal, o Brasil entrou num período de agitações sociais e importantes disputas políticas. Não havia consenso quanto ao Estado que se pretendia. Esta principal rivalidade, contrapôs liberais moderados (proprietários de terras, padres e profissionais liberais) e liberais exaltados (camadas médias urbanas, padres e profissionais liberais). Duas determinações do novo governo surgiram como ações liberalizantes diante da excessiva, centralização do governo de Pedro I:

- A criação da Guarda Nacional, em 1831 que era uma força militar a serviço das elites fundiárias.

- A aprovação do Código de Processo Penal, em 1832, que fortalecia o poder municipal através da ampliação dos poderes dos juízes das cidades.

Na verdade, esse clima de liberdade não se estendia às demais classes sociais. O Período Regencial aprofundou o mandonismo local, que era o poder que os grandes latifundiários exerciam sobre suas terras e sobre as pessoas que viviam nelas. Para as camadas populares, a violência institucional ficou ainda mais grave porque a partir daí o poder estava mais perto.

A abdicação do imperador colocou três tendências políticas em disputa:

-Restauradores – formado principalmente por portugueses, pretendia manter a centralização política e pregava o retorno de Pedro I ao poder.

-Liberais Exaltados – formado pela parcela da elite rural, era favorável à federalização, o que significaria ampla autonomia para as províncias.

-Liberais Moderados – seus membros também pertenciam à aristocracia rural, mas defendiam a manutenção da centralização do poder.

Entre moderados e exaltados quase não havia diferenças, uma vez que os componentes dos dois grupos pertenciam à mesma classe social. O único ponto de divergência entre eles era quanto à maior ou a menor autonomia das províncias.

Com a morte de Pedro I, em 1834, os restauradores perderam sua força e desapareceram do cenário político brasileiro. Como os moderados eram maioria na Câmara, impuseram ao Estado regencial um autoritarismo muito semelhante ao que havia sido praticado durante o Primeiro Reinado. Em função disso, a Regência foi marcada por várias revoltas contra o despotismo governamental.

Em 1834, um Ato Adicional instituiu a Regência Una. O Brasil voltava a ser governado por uma só pessoa. A primeira Regência Una foi assumida pelo padre Diogo Feijó, um político moderado. Seu governo foi marcado por revoltas que eclodiram em várias partes do país, gerando uma nova divisão no grupo dirigente. A partir do governo de Feijó, os agrupamentos políticos se definiram como Partido Liberal, também chamado progressista, e Partido Conservador, ou regressista.

As lutas sociais - a instabilidade imperial: Devido à forte instabilidade política do período, durante a Regência ocorreram inúmeros conflitos regionais e populares. A política de descaso das autoridades para com as populações provinciais, aliada às disputas entre os grupos políticos no Rio de Janeiro, criou o pano de fundo para a instabilidade social.

Um período de incertezas – os primeiros conflitos eclodiram logo após a abdicação de Pedro I, em 1831. Inicialmente tiveram um caráter de animosidade entre portugueses e brasileiros. Entre 1831 e 1832, Pernambuco assistiu a uma série de revoltas a Revolta dos Cabanos, a Setembrada e a Novembrada que mostravam o descaso com que a região era tratada pelo governo do Rio de Janeiro. Algumas das mais sangrentas rebeliões que o Brasil conheceu ocorreram durante o período regencial. A Cabanagem, no Pará; a Sabinada, na Bahia; a Balaiada, no Maranhão e a Guerra dos Farrapos, no Sul, foram as principais. E foram todas reprimidas pela Guarda Nacional dos “coronéis” latifundiários. Suas causas remontavam à grave crise econômica arrastada há décadas pelo país.

A queda da mineração e a conseqüente ausência de um produto forte de exportação abalaram a economia de características marcadamente mercantilistas. Mas se explicam também pela excessiva centralização política imposta pela monarquia às províncias brasileiras. Nem o Ato Adicional de 1834, que reformou o texto da Constituição imperial, superou o descontentamento das oligarquias provinciais. Seriam medidas reformistas como a substituição da regência trina por regências unas, eleitas pelo voto direto de quatro em quatro anos; foram criadas as assembléias legislativas provinciais; e foi abolido o Conselho de Estado do Império, o que seria reivindicado pelas forças mais progressistas da sociedade da época. Sua adoção foi considerada um avanço de caráter liberal, pois a monarquia ficou com cara de República. Mas, no entanto, a resposta, em 1835, foi um banho de sangue.

A reforma constitucional não decepcionou pelo que fez, mas sim pelo que não fez. Não importava muito se um só regente ou três é que governavam. Desde que uma saída para a crise se apresentasse. As províncias passaram a eleger seus próprios deputados. E ter assembléias legislativas era uma medida descentralizadora: os deputados eleitos pelas províncias fariam leis só para suas províncias. Um avanço liberal, sem dúvida. Mas não era permitida a eleição também dos presidentes provinciais, sempre nomeados pelo governo central. Ali estava um novo foco de conflitos. Eram “meias medidas”, que sempre evitariam a verdadeira democratização do regime Muitos desses movimentos tiveram pouco alcance e um curto período de duração, outros se revelariam mais complexos neste período de instabilidade Regencial. Ainda assim os políticos mais conservadores entendiam que muita liberdade ameaçava a própria monarquia: como disse o senador mineiro Bernardo de Vasconcelos, era preciso “parar o carro da revolução”.

Após o fim do reinado de Feijó e um breve período liberal, em 1837 foi eleito outro conservador: Araújo Lima, que governou até 1840, quando começou o Segundo Reinado.

Os progressistas( o Partido Liberal, no Segundo Império ) aproveitaram para dar o golpe da maioridade, com esperanças de D. Pedro entrar no poder ainda muito jovem. O que seria alcançado logo depois e em 1840 com apenas 14 anos e sete meses, e nenhuma seriedade D.Pedro II foi coroado o novo imperador do Brasil.


Fonte: Nova história crítica do Brasil: 500 anos de história malcontada / Mario Furley Schimidt. - São Paulo: Nova Geração, 1997

O primeiro reinado


O Primeiro Reinado desdobra-se da proclamação da independência, no ano de 1822, até a reúncia de Dom Pedro I, em 1831. Saudado soberano do país no dia 12 de outubro de 1822, defronta-se com a oposição do exército lusitano, a quem vence, fortalecendo assim sua liderança. A primeira marca política de D. Pedro deu-se quando do chamamento da Assembléia Constituinte, eleita no princípio de 1823. Contudo, em decorrência de intensa divergência entre os deputados brasileiros e o monarca, o qual achava que seu poder pessoal deveria ser mais importante do que o do Legislativo e do Judiciário, a Assembléia é invalidada em novembro, sendo esta considerada o seu primeiro malogro.

Fazia-se urgente que D. Pedro redigisse uma Constituição para o país, a qual expandisse seus poderes. Assim sendo, ele designa um grupo para elaborá-la e a aprova em 1824. A nova Constituição concede ao Imperador a faculdade legal de dissipar a Câmara e os Conselhos Provinciais, instituir senadores vitalícios e ministros, eliminar os cargos de juízes quando achasse necessário e indicar nomes para a presidência das comarcas.

O caráter despótico da missiva aprovada era totalmente o contrário do que fora proposto anteriormente, em vez do sistema político ser liberal o mesmo tornou-se dominador. Alguns líderes, originários de algumas províncias do Nordeste, comandadas por Pernambuco, se revoltaram contra o domínio do soberano, contestando seus poderes absolutistas. A revolta ficou conhecida como Confederação do Equador – a qual foi reprimida austeramente pelos soldados imperiais. Dois nomes destacaram-se neste levante, Joaquim Divino do Amor – o Frei Caneca - e Cipriano José Barata – jornalista conceituadíssimo na época.

As dificuldades de D. Pedro I complicam-se ainda mais a partir do ano de 1825, quando sobrevêm a derrota brasileira na Guerra da Cisplatina, a qual gerou consequências irreparáveis para a nação – a perda dos territórios da Província Cisplatina para o Uruguai e a independência deste em 1828.

O Império enfrentava sérios disturbios econômicos neste momento. As taxas de importação encontravam-se muito aquém do esperado, a baixa arrecadação alcançada pelo Estado tornou-se notável e problemática, havia sérias dificuldades para se efetuar a cobrança dos impostos internos devido às extensões territoriais da nação e a produção agrícola brasileira enfraquecia-se em razão da crise do mercado externo.

Dom Pedro I precisva, neste momento, encontrar soluções imediatas para relizar um milagre econômico no país. Em 1826, porém, sofre um duro golpe com a morte de seu pai, Dom João VI. A questão sucessória em Portugal torna-se problemática, os lusitanos querem que o soberano assuma o trono português. Dom Pedro I, porém, abdica em favor de sua filha Maria da Glória.

Contudo, em 1828, D. Miguel – seu irmão – dá um golpe de estado e se conclama rei de Portugal, fato que irrita profundamente o imperador, o qual exige que tropas brasileiras restituam o poder á sua filha imediatamente. Os políticos brasileiros se sentem indignados com a atenção especial que D. Pedro confere aos problemas de Portugal, enquanto o Brasil caminha a passos lentos.

O medo de uma nova reaproximação entre Brasil e Portugal aumenta, o povo brasileiro sente-se inseguro e cresce a impopularidade do monarca.

Com o assassinato do jornalista Líbero Badaró, conceituadíssimo oposicionista do governo, D. Pedro é atingido em sua honestidade, pois o que mais se comentava era a respeito de sua possível relação com o criminoso, que ficara impune. O povo sente-se exacerbado e atraiçoado por aquele a quem confiara a integridade da nação.

No intuito de apaziguar as excitações polítcas, D. Pedro resolve ir para Minas Gerais, porém o povo mineiro o acolhe com um sentimento de revolta pelo assassinato de Líbero Badaró.

Os portugueses, que se encontravam instalados no Rio de Janeiro, não aceitaram a atitude dos mineiros e fomentaram um ato público de reparação à injúria sofrida por Dom Pedro. Os antilusitanos, porém, revidam e explodem desordens e agitações nas ruas da cidade. O imperador assegura que haverá repreensões, mas não consegue sustentáculo político. A nobreza real e o proprio exército imperial se voltam contra o monarca, não lhe deixando outra saída a não ser abdicar do trono em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, de apenas cinco anos de idade. A abdicação se concretiza no dia 7 de abril de 1831.



Fonte:

http://br.geocities.com/vinicrashbr/historia/brasil/primeiroreinado.htm
http://www.fundacaooscaramericano.org.br/por/Acervo/_Brasil_Imp_rio/body__brasil_imp_rio.html



O processo de independência



A separação política entre a colônia do Brasil e a metrópole portuguesa foi declarada oficialmente no dia 7 de setembro de 1822.

O processo de independência começou com o agravamento da crise do sistema colonial e se estendeu até a adoção da primeira Constituição brasileira, em 1824.

Cresceu a condenação internacional ao absolutismo monárquico e ao colonialismo. Aumentaram as pressões externas e internas contra o monopólio comercial português e o excesso de impostos numa época de livre-mercado e circulação de mercadorias.

A instalação da Corte portuguesa no Brasil, em 1808, contribuiu para a separação definitiva das duas nações. A abertura dos portos, a elevação da colônia à situação de reino e a criação do Reino Unido de Portugal, e Algarve praticamente cortaram os vínculos coloniais e prepararam a independência. Com a Revolução do Porto, em 1820, a burguesia portuguesa tentou fazer o Brasil retornar à situação de colônia.

A partir de 1821, as Cortes Constituintes - o Parlamento lusitano - tomaram decisões contrárias aos interesses brasileiros, como a transferência de importantes órgãos administrativos para Lisboa. Também obrigaram Dom João VI a jurar lealdade à Constituição por elas elaborada e a retornar imediatamente a Portugal.

O rei português voltou, mas deixou no Brasil o filho Dom Pedro como Regente, para conduzir a separação política, caso fosse inevitável. Pressionado pelas Cortes Constituintes, Dom João VI chamou Dom Pedro à Lisboa. Mas o príncipe regente resistiu às pressões, que considerou uma tentativa de esvaziar o poder da monarquia. Formou-se em torno dele um grupo de políticos brasileiros que defendiam a manutenção do status do Brasil no Reino Unido.

Em 29 de dezembro de 1821, Dom Pedro recebeu um abaixo-assinado pedindo que não deixasse o Brasil. Sua decisão de ficar foi anunciada no dia 9 de janeiro do ano seguinte, num gesto enfático. O episódio passou à História como o Dia do Fico.

Entre os políticos que cercaram o Regente estavam os irmãos Antonio Carlos e José Bonifácio de Andrada e Silva, e o Visconde de Cairu, José da Silva Lisboa. Principal ministro e conselheiro de Dom Pedro, José Bonifácio lutou, num primeiro momento, pela manutenção dos vínculos com a antiga metrópole, resguardando o mínimo de autonomia brasileira.

Convencido de que a separação era irreversível, aceitou a independência desde que a monarquia continuasse. Para ele, o regime monárquico era o único capaz de neutralizar a intervenção portuguesa nas províncias e preservar a unidade político-territorial do país. Fora da Corte, outros líderes liberais, como Joaquim Gonçalves Ledo e Januário da Cunha Barbosa, atuavamm nos jornais e nas lojas maçônicas. Faziam pesadas críticas ao colonialismo português e defendiam total separação da metrópole.

Em 3 de junho de 1822, Dom Pedro recusou fidelidade à Constituição portuguesa e convocou a primeira Assembléia Constituinte brasileira. Em 1º de agosto, baixou se um decreto considerado inimigas tropas portuguesas que desembarquem no país. Cinco dias depois, assinou se o Manifesto às Nações Amigas, redigido por José Bonifácio. Nele, Dom Pedro justificou o rompimento com as Cortes Constituintes de Lisboa e assegurou "a independência do Brasil, mas como reino irmão de Portugal".

Em protesto, os portugueses anularamm a convocação da Assembléia Constituinte brasileira, ameaçaram com o envio de tropas e exigiram o retorno imediato do príncipe regente.

No dia 7 de setembro de 1822, numa viagem a São Paulo, Dom Pedro recebeu as exigências das Cortes. Irritado, reagiu proclamando a Independência do Brasil. Em 12 de outubro de 1822, foi aclamado imperador pelos pares do Reino e coroado pelo bispo do Rio de Janeiro em 1º de dezembro, recebendo o título de Dom Pedro I. .

No início de 1823, realizaram-se eleições para a Assembléia Constituinte da primeira Constituição do Império Brasileiro. A Assembléia foi fechada em novembro por divergências com Dom Pedro I. Elaborada pelo Conselho de Estado, a Constituição foi outorgada pelo imperador a 25 de março de 1824.

Com a Constituição em vigor e vencidas as últimas resistências portuguesas nas províncias, o processo da separação entre colônia e metrópole foi concluído. Contra o liberalismo de setores das elites brasileiras, triunfou o espírito conservador e centralizador de José Bonifácio.

Fonte: Nova história crítica do Brasil: 500 anos de história malcontada / Mario Furley Schimidt. - São Paulo: Nova Geração, 1997

Revoltas Anticoloniais



No fim do século XVIII a economia mineradora estava em crise. A colônia não podia sustentar a metrópole e os seus proprietários ao mesmo tempo. Quando os latifundiários perceberam o prejuízo que teriam diante dessa situação, exigiram a independência nacional.

Toda a população desejava um país independente. Para os pobres, escravos ou trabalhadores, a independência significava melhores condições de vida, com liberdade, igualdade de terras, comércio justo, incentivo à produção nacional, educação, e voto livre. Mas para os latifundiários a independência significava nada mais do que a quebra do vínculo com a metrópole.

Muitas idéias iluministas chegaram ao Brasil e influenciaram as revoltas anticoloniais, de acordo com o interesse das classes dominantes.

Em Minas Gerais, todas as classes estavam insatisfeitas. O governador visconde de Barbacena ameaçava cobrar todos os impostos atrasados. Alguns homens da alta sociedade mineira se uniram para conspirar contra o governo. Chamados inconfidentes, eles tinham planos de mudanças: transferir a capital para São João Del Rei, e formar um centro universitário em Vila Rica. Criariam manufaturas e instituiriam a república. Já a situação escravista não foi questionada, afinal eram donos de escravos. Para se vincularem ao povo, Joaquim José da Silva Xavier foi agregado ao movimento. Apelidado Tiradentes, era pobre, inteligente, militar, e interessado em literaturas.

Um dos integrantes do grupo de inconfidentes ou delatou, juntamente com mais dois oficiais. As autoridades prenderam todos, mas apenas Tiradentes foi executado, mesmo sendo conhecido o fato de que ele não era o principal líder. Mesmo assim foi enforcado e esquartejado para dar exemplo aos que desejassem se revoltar.

A conjuração dos Alfaiates, movimento baiano, foi maior, mais radical e com mais participação popular. Muitos se comprometeram com o movimento: artesãos, pequenos comerciantes, ex-escravos, soldados e profissionais liberais. A partir da ocupação de terras dos pequenos lavradores pelos latifundiários, a produção de alimentos diminuiu. Nesse período armazéns foram saqueados, o pelourinho incendiado, cartazes sobre liberdade e igualdade foram espalhados por casas e igrejas. Os latifundiários pressionaram as autoridades para tomarem providencias, e elas repreenderam o movimento. Mais de cem pessoas foram presas e torturadas, vários rebeldes foram enforcados.



Fonte: Nova história crítica do Brasil: 500 anos de história malcontada / Mario Furley Schimidt. - São Paulo: Nova Geração, 1997.

O século do ouro


No século XVIII o Brasil se tornou o maior produtor mundial de ouro e de diamantes.
Tudo começou através da descoberta de ouro na região de Minas Gerais, o que atraiu muitas pessoas para essa área.
Foi a época em que o controle de Portugal sobre o Brasil se tornou mais rígido. Com o intuito de se beneficiar dessa descoberta intensificaram a lei já existente, porém não muito seguida, Intêndencia das Minas. Existia o quinto, aonde era cobrado 20% da quantidade de ouro extraída ou uma quota anual de 100 arrobas.
Quando as leis não eram compridas ocorria a derrama, aonde eram recolhidos os bens dos mineradores, até concluirem sua meta.
Foram construídas também as casas de fundição, o ouro só seria comercializado após um 'carimbo' oficial português.
Em 1703 foi assinado o Tratado de Methuen, um tratado de venda de vinhos de Portugal para a Inglaterra e tecidos da Inglaterra para Portugal, teve como consequência que grande parte do ouro extraído do Brasil, enviado para Portugal, acabava na Inglaterra.
Em 1726 foi descoberto diamante no Brasil.
No século XVIII a sociedade mineira era dividia em:
-Grandes proprietários
-Camadas médias
-Trabalhadores livres
-Escravos
Mas a economia não se limitava ao ouro, na amazônia se plantavam as drogas do sertão, no Maranhão arroz e algodão (que era comercializado com a Inglaterra e deu o impulso para a revolução industrial)e havia a troca de fumo por escravos. Houve grande crescimento das fazendas gaúchas graças à carne de charque.
Em 1763 a capital é transferida para o Rio de Janeiro, levando em conta seu porto, assim sendo o controle das exportações seria mais fácil.
Após a morte de D. José I sua mulher, Dona Maria I, tomou controle e criou o Alvará de 1785 que proibia a existência de manufaturas coloniais.
Outro acontecimento importante dessa época foi a atuação da inquisição que perseguia os não católicos, principalmente judeus.



Fonte: Nova história crítica do Brasil: 500 anos de história malcontada / Mario Furley Schimidt. - São Paulo: Nova Geração, 1997.

Revoltas Nativistas


As revoltas nativistas
Os movimentos nativistas foram conflitos locais entre brasileiros e portugueses.
O governo português explora muito nossa terra, pois os seus interesses eram contrários aos nossos.
Essa atitude do governo português deu origem a revoltas conhecidas pelo nome de movimentos nativistas, que se caracterizaram pelo amor à terra natal. Era isto que as distinguia das outras revoltas.
Os primeiros movimentos foram:
- A aclamação de Amador Bueno da Ribeira como rei de São Paulo.
- A revolta dos irmãos Beckman, no Maranhão.
- A guerra dos Emboabas, em Minas Gerais.
- A guerra dos Mascates, em Pernambuco.
- A revolta de Filipe Santos, em MInas Gerais.
Tempos depois, surgiu também a idéia de libertar o Brasil do domínio de Portugal. O mais importante movimento, nesse sentido, foi a Inconfidência Mineira.

Amador Bueno da Ribeira

Em 1640, Portugal libertou-se da Espanha, e deu-se a rstauração do trono português, na pessoa de D. João IV.
A notícia da restauração agradou as autoridades da Colônia, mas provocou uma pequena revolta na Vila de São Paulo.
Os paulistas acharam que a ocasião era favorável a um movimento de libertação, e resolveram aclamar, como rei de São Paulo, o paulista Amador Bueno da Ribeira.
No entanto, Amador Bueno recusou o título de rei e saiu às ruas dando vivas a D. João IV. Com isso, o movimento fracassou.


fonte:

http://www.colband.com.br/ativ/nete/cida/linh/linha2002/2bim/2h1m/nativista.htm

http://www.mundoeducacao.com.br/historiadobrasil/revoltas-coloniais.htm



Ampliando o Território


O crescimento do Brasil inicialmente estava limitado pela linha de Tordesilhas. A própria colonização, baseada no açúcar, ficava centrada no litoral do nordeste e de algumas áreas de são Vicente (São Paulo) e rio de janeiro.

A expansão no nordeste, Bahia e Pernambuco foram as primeiras colonizações bem-sucedidas.

Em Sergipe d’el rei os portugueses ficavam de olho, pelo fato de que a aérea servia de comunicação terrestre entre dois centros açucareiros, Bahia e Pernambuco.

Na Paraíba, milhares de índios foram mortos ou escravizados, foi fundado também João Pessoa.

No rio grande do norte, foi preciso dar uma corrida com nos franceses que andavam por lá, foi construído o forte dos três magos, agora cidade de natal.

No ceara, os jesuítas não conseguiram dominar os índios (cabeças chatas, chamados assim pelos portugueses), isso pelo fato de eles serem muito inteligentes.

A presença portuguesa na Amazônia se deu pelo fato da união ibérica que liberou “geral” os limites das Tordesilhas e também graças as maravilhas do comércio.

Os bandeirantes eram paulistas, pobres, saiam a procura de ouro, mas achavam pouca coisa no cascalho dos rios perto do litoral.

Os jesuítas espanhóis fundaram diversos aldeamentos de índios guaranis no rio grande do sul, como por exemplo, sete povos das missões, tudo isso provocou disputas entre Portugal e Espanha, para decidir o que era de quem foram criados tratados. Um dos mais importantes era o tratado de Madri, ele seguia o princípio do usucapião, ou seja, quem ocupava um território passava a ser o legitimo dono.



Fonte: Nova história crítica do Brasil: 500 anos de história malcontada / Mario Furley Schimidt. - São Paulo: Nova Geração, 1997.

As invasões estrangeiras


No século XIX, vários países estavam passando pela expansão marítima. Por isso embarcações holandesas e inglesas navegavam próximas ao Brasil, até que ocuparam parte do território para criarem colônias próprias. A primeira invasão francesa aconteceu em 1555 no Rio de Janeiro. Eles fundaram a França Antártica. O governador geral do Brasil, Mem de Sá, comandou a expulsão dos invasores. Somada a invasão, acontecia a Confederação dos Tamoios, em que índios se uniram para retomar a terra que um dia foi deles.

A segunda invasão ocorreu em 1612, no Maranhão. Os Franceses queriam controlar a rota dos navios espanhóis e usar a região para atacar outras embarcações. Pressionados por militares espanhóis, eles abandonaram o Maranhão e fundaram ao norte a Guiana Francesa.

O rei de Portugal, Dom Sebastião, morreu sem deixar herdeiros. Seu parente mais próximo era o rei da Espanha, Felipe II, que assumiu o governo português. Assim surge a União Ibérica, mas Lisboa manteve autonomia e domínio em alguns aspectos, como na colônia brasileira. Algumas mudanças administrativas foram feitas através das ordenações Filipinas, que duraram muitos anos.

A Holanda, antiga parte do governo espanhol, comercializava intensamente com o Brasil. A partir do governo de Felipe II em Portugal, a venda de açúcar brasileiro para a Holanda foi proibida. Para manter o abastecimento de açúcar eles decidiram invadir o Brasil. A primeira tentativa foi em 1624 na cidade de Salvador, mas foram derrotados. Tentaram novamente em 1930, dessa vez em Pernambuco, e dominaram por muito tempo parte do litoral nordestino.

Em 1640 um novo rei Português foi coroado, desfazendo a união com a Espanha. Nesse mesmo tempo a Holanda não podia mais financiar do mesmo modo seu domínio no Brasil, o que provocou uma revolta nos latifundiários.

Em 1654 os Holandeses saíram, mas começaram a produzir seu próprio açúcar, criando uma concorrência que contribuiu para a crise no preço do Açúcar. Além disso, a Europa passava por uma crise grave.

A invasão holandesa colaborou também para a criação de um importante quilombo: Palmares. Um lugar onde viviam, em grande parte, escravos fugidos.




Fonte: Nova história crítica do Brasil: 500 anos de história malcontada / Mario Furley Schimidt. - São Paulo: Nova Geração, 1997.